VII Fórum das Diretrizes Curriculares propõe melhorias na formação voltada para atuação na rede pública de saúde
São Paulo, 3 de outubro de 2011.
fonte CRF-SP
Cerca de 60 pessoas participaram do debate que resultará num documento com diretrizes para a formação acadêmica voltada para o SUS
São Paulo, 3 de outubro de 2011.
Cerca de 60 pessoas participaram do VII Fórum das Diretrizes Curriculares para o Curso de Farmácia, promovido no último sábado (1° de outubro), na capital. O evento foi promovido pelo CRF-SP, por meio da Comissão Assessora de Educação Farmacêutica, e teve como tema “O Farmacêutico de que o SUS precisa”. Ao longo dia, os participantes debateram propostas de melhoria da grade de ensino de forma a garantir que futuros farmacêuticos saiam da graduação com maior preparo para atuar na rede pública de saúde.
Na abertura do Fórum, o diretor-tesoureiro do CRF-SP, dr. Pedro Menegasso, lembrou que essa discussão é uma iniciativa inédita e de grande importância para a valorização do farmacêutico no setor. “Este Fórum reforça o compromisso da entidade e dos profissionais que desenvolvem trabalho voluntário no Conselho em discutir melhorias para a educação farmacêutica”.
As dificuldades na formação do farmacêutico relacionadas às políticas públicas foram tema da primeira palestra, ministrada pelo dr. Israel Murakami, coordenador da Comissão Assessora de Saúde Pública do CRF-SP, parceira neste Fórum. Para o dr. Israel, é dever do professor conhecer profundamente o Sistema Único de Saúde (SUS) com ênfase nas constantes atualizações da legislação, e transmitir de forma efetiva esses conhecimentos ao aluno de Farmácia.
“Hoje, por exemplo, o conteúdo disciplinar não diferencia o paciente atendido na rede pública daquele atendido na rede privada. É preciso que esse e outros aspectos estejam contemplados no processo de capacitação do docente e nos estágios curriculares”, afirmou o dr. Israel.
Principais dificuldades
Muitos participantes (profissionais e estudantes) aproveitaram a ocasião para relatar os problemas frequentes nos estágios de Farmácia na rede pública. Entre as principais reclamações estavam o preconceito de alguns estagiários em atuar nesta área, o desinteresse dos supervisores em ensinar procedimentos aos alunos e a deficiência estrutural nos locais de trabalho, entre outras.
Para discutir o ciclo da assistência farmacêutica no setor público, o Fórum contou com a apresentação da dra. Melissa Spröesser Alonso, coordenadora da Comissão Assessora de Saúde Pública da Seccional Santo André, que relatou a experiência na implementação desse serviço na Prefeitura de Mauá. Dra. Melissa Alonso ressaltou que cada município tem a sua realidade, cabendo ao farmacêutico ser articulado para propor políticas que façam diferença. “Do contrario, o gestor constata que a presença do farmacêutico não muda a realidade”.
Mediadora do debate, a vice-coordenadora da Comissão de Educação Farmacêutica, dra. Marise Bastos Stevanato, complementou que, nesse sentido, é necessário fomentar lideranças no ambiente acadêmico. Já a coordenadora da Comissão, dra. Danyelle Marini, disse, ao finalizar os debates: “É importante que o estudante seja estimulado a ser crítico e reflexivo caso atue na rede pública”.
O VII Fórum das Diretrizes Curriculares também contou com as presenças dos conselheiros dr. Rodinei Veloso Vieira, dra. Priscila Dejuste e dr. Marcos Machado Ferreira.
As propostas sugeridas e aprovadas durante o encontro resultarão em um documento final, que, posteriormente, será disponibilizado no portal www.crfsp.org.br, na página da Comissão Assessora de Educação Farmacêutica.
fonte CRF-SP
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