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domingo, 24 de julho de 2011

Bicarbonato de sódio confina tumores, sugerem pesquisas



EDUARDO GERAQUE
da Folha de S.Paulo




A importância do uso do bicarbonato de sódio para frear o surgimento de metástases tumorais ganha força com resultados recentes de experimentos feitos em camundongos. A substância eleva o pH do ambiente tumoral, o que dificulta a proliferação das células.
"Os testes em animais mostram que o bicarbonato deixa o tumor confinado", afirma Andres Yunes, pesquisador do Centro Infantil Boldrini, em Campinas, interior paulista.
Os animais tomaram bicarbonato via oral. A acidez dentro de um ambiente tumoral (pH mais baixo) torna a doença mais agressiva, como várias pesquisas já demonstraram.
Com os dois estudos publicados no periódico "Cancer Research", que reuniu grupos americanos (Arizona e Flórida) e um brasileiro (Boldrini), a hipótese que associa acidez a metástases fica mais robusta.
A tendência é que ela seja examinada em testes em humanos, que devem ser feitos nos EUA, no curto prazo.
De acordo com Yunes, que participou dos estudos ao ajudar a desenvolver um simulador computacional de tumor, existem argumentos para que testes clínicos com o bicarbonato em humanos possam ser feitos também no Brasil.
O modelo de computador, desenvolvido pelo engenheiro Ariosto Silva, hoje na Universidade da Flórida, corrobora a importância da acidez.
A ferramenta simulou o crescimento de um tumor de mama em três dimensões a partir de cenários reais. A substância ideal para neutralizar o tumor teria de ter um pH por volta de 7. O bicarbonato tem um pH de 6,1. Não é o ideal, mas serve.
Porém, os caminhos para frear tumores agressivos, diz Yunes, são vários. Uma saída é interferir diretamente na resistência do tumor à acidez.
"Tudo indica que essa maior resistência é por causa de uma proteína específica", diz Yunes. Portanto, pode-se pensar em uma droga que aja diretamente sobre ela. O resultado esperado é que o ambiente ácido, antes benéfico, acabe agora se voltando contra as células tumorais.

fonte: Folha

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Avenidas Engenheiro Armando Arruda Pereira, das Nações Unidas e Ruben Berta receberão cata-bagulho esse sábado

A operação passará por vias de 19 subprefeituras da cidade de São Paulo


Moradores das subprefeituras Butantã, Campo Limpo, Cidade Ademar, Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaim Paulista, Jabaquara, Jaçanã/Tremembé, Lapa, Mooca, Pinheiros, Pirituba, Santana, Santo Amaro, São Mateus, São Miguel, Sé, Vila Maria, Vila Mariana serão contemplados com a operação cata-bagulho.


Cerca de 300 funcionários à serviço das subprefeituras percorrerão ruas e avenidas para recolher os materiais descartados pela população, conforme orientações passadas durante a semana pelas equipes de limpeza de cada local sobre os horários e o roteiro dos caminhões.


A programação do cata-bagulho está disponível no site www.prefeitura.sp.gov.br.


Serviço:



Butantã: das 09h00 às 15h00
Onde: Rua Moises Rodrigues Lobo, Rua Aquianês, Rua Vitoriano da Silva, Rua Vicente Quaresma, Rua Arthur Ferreira de Abreu, Rua Tomas Velhasco, Rua Conceição do Ipanema, Rua Geronimo Fernande, Rua Severino Ribeiro, Rua Francisco Mont. Aluerne, Rua Assis Chateubriand, Rua Aristóteles, Rua Humberto Lone, Rua Inácio Gurjão, Rua Jacinto Linhares, Rua Cleantes, Rua Inácio do Rego Pessoa, Rua Silvestre Ventura, Rua Antonio Dias de Castro, Rua Gonçalo da Cruz, Rua Basilide, Rua Serafim Maia, Rua Irene Manzoni, Rua Pedro Soares, Rua Gervasio Gonçalves

Campo Limpo: das 09h00 às 13h00
Onde: Rua Gaspar Coqueiro, Rua João Rodrigues de Moura, Rua Aurea da Gama, Rua Domingos Alves, Rua Afonso Dias, Rua Domingos Luis Grou, Rua Roseira Velha, Rua Estevão Sanvite, Rua Eugênio Prades, Rua Gustavo Paiva

Cidade Ademar: das 07h00às 12h00
Onde: Avenidas Emérico Ritcher e Nossa Senhora do Sabará, Ruas Antônio Teixeira Pinto, Coronel Antônio Inojosa, Córrego Azul, Sossego, Engenheiro Flávio da Costa, Joaquim do Lago, Mariana Borges, Rodrigues de Medeiros, Tapirapes, Willian Lindsay e Praça Alexandre Francisco Rebouças.

Cidade Tiradentes: das 08h00 às 13h00
Onde: Rua Álvaro B. dos Reis, Rua Berilo da F. da Neves, Rua Edson Chagas, Rua Eduardo Abelim, TV. Cachoeira de Paulo Afonso, Rua Felipe Augusto Fidanza, Rua Eugênio Gomes, Rua Fausto C. Barreto, Rua Giorgio Mortara, Rua Eugênia Brandão, Rua Silvio Túlio Cardoso, Rua Jaime Ovale, Rua Roberto Dias de Sória, Rua Vander Moreira, Rua José Barreto, Rua Leopoldo Gotuzzo, Rua Reginaldo Barker, Rua Ronaldo Bôscoli, Rua Oscar Boeira, Rua Raquel Meller, Rua Rebelo Avelar, Rua Raul Allier, Rua Inácio Monteiro, Rua André Lombardi, Rua Gildo Lopes, Rua Alphonse Joalier e Rua Márcio Nery.


Guaianases: das 08h00 às 11h00
Onde: Rua Getulina, Rua Gaspar Aranha, Rua Carmem Freire, Rua Mto Antônio Caparroz, Rua Bartolomeu de Candia ( e travessas ), Rua Belmiro Valverde, Rua Almiro de Campos, Rua Santa Estela ( e travessas ), Rua Serra dos Cristais, Rua Profº Alexandre Monat, Rua Bom Jesus da Penha, Rua Tristão Gago, Rua Amâncio de Moura,  Rua General Americano Freire

Itaim Paulista: das 07h00 às 14h00
Onde: Rua Manoel Paschoal, Rua Álvaro dos Santos Matos, Rua Otacílio Dias Fernandes,Rua Luiz Rohrer, Rua Melchiades Neres de Campo, Rua Faveiro Pequena, Rua Arvore de Umbela, Rua Dama Entre Verdes, Rua Francisca Manrique Guerra, Avenida dos Iguarapés,Rua Pedro Rodrigues, Rua Cantidiano Guimarães, Rua Particular, Rua José Eleutériuo dos Santos, Avenida Fernando Figueiredo Lins, Rua Otoniel Marques Teixeira, Rua Florêncio Machado de Aquino, Rua Anísio da Silveira Machado, Rua Raimundo de Paula Freitas, RuaAgusto Fiordelice Mateus Barbosa de Resende, Rua Maxixe, Praça Mãe Preta, AvenidaJoão Batista Santiago Avenida dos Ypês, Rua José Pessota, Rua José Augusto Lobo,Avenida Teodoro Bernado do NascimentoRua Felipe Cassiano, Rua José Greef Borba,Rua Armando Mamede Junior, Rua Sebastião Alves, Rua João Batista Santiago, RuaManoel Rodrigues Rocha, Rua José Alfredo de Florença, Rua Pedro Pereira de Castro,Viela santos Dias da Silva, Rua João Barbosa de Lima, Rua Florêncio Machado de Aquino,Rua Arvore do DragãoAvenida dos Igarapés, Rua Apiranga, Rua Guabirobinha, RuaPalmeira Real, Rua Isabel Morales Oliveira Miragaia, Rua Caraipé das Aguas, Rua Capitão Santana Ferreira, Rua Jabiru, Anselmo Caparica, Rua Francisco Monteiro Tavares, RuaFelipe Cassiano, Palmeira das Bermudas, Rua Coqueiro Carandá, Rua Luiza Rosa Paz Landim, Rua Peroba Rosa, Avenida Ipê Roxo, Rua Apiranga Avenida Flamigo, Capitão Santana Ferreira, Avenida Água Vermelha.

Jabaquara: A partir das 07h00
Onde: Vila Guarani (algumas vias: Rodovia dos Imigrantes, Avenida Eng. Armando de Arruda Pereira, Avenida Affonso Taunay, Avenida Água Funda, Avenida Diedrischsen, Avenida do Café, Avenida Dr Hugo Beolchi, Avenida Leonardo da Vinci, Avenida Pedro Severino, Praça Barão de Japurá e Praça Franscisco Sampaio Viana, Rua Itaiaia e Rua Opixé)

Jaçanã/Tremembé: das 08h00 às 15h00
Onde: Parque Casa de Pedra, Bortolândia, Jardim das Rosas, Vila Zilda, Jardim Joamar e Vila Fidalgo

Lapa: das 10h00 às 17h00
Onde: Avenida Embaixador Macedo Soares (Marginal Tietê), Avenida Presidente Castelo Branco (Marginal Tietê), Avenida Abraão Ribeiro, Avenida Pacaembu, Rua Paraguaçu, Rua Traipu, Rua Turiaçu, Rua Carlos Vicari, Avenida Santa Marina

Mooca: descarte a partir das 07h00
Onde: Algumas vias: Avenida Paes de Barros; Rua dos Trilhos, Rua da Mooca, Rua Borges de Figueredo, Rua Visconde de Inhomerim e Rua Tabajaras.

Pinheiros: das 07h00 às 15h00
Onde: No Itaim Bibi, no perímetro formado pelas Rua Michigan e Rua Carlos Rega e Avenida das Nações Unidas, Avenida Roque Petroni Junior, Avenida Santo Amaro, Avenida Portugal, Avenida Morumbi, Avenida Jurubatuba, Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini, Avenida Chucri Zaidan e Avenida Roberto Marinho.

Pirituba: das 08h00 às 12h00
Onde: Rua Castelo da Torre, Rua Benedito da Fonseca, Rua Sérgio dos Anjos, Rua Pedro Lucena Pereira, Rua Jonas Eudoque dos Santos, Rua Otávio Gonçalves Martins, Rua Fábio de Almeida Magalhães, Rua Romão Martins, Rua Ademar Martins de Freitas, Rua Gal. Lauro Cavalcanti de Farias, Rua Ângelo Mazza, Rua Janart Montinho Ribeiro

Santana: das 07h00 às 13h00
Onde: Ruas dos distritos de Santana, Tucuruvi e Mandaqui.

Santo Amaro: das 08h00 às 15h00
Onde: Perímetro entre a Avenida Prof. Rubens Gomes de Souza, Rua Visconde de Porto Seguro, Avenida Jornalista Roberto Marinho e  Avenida Santo Amaro

São Mateus: das 07h00 às 11h00
Onde: Rua Cinira Polônio, Rua Cruz Gomes, Rua Flávio Lanciani, Rua Benito Feijó, Rua Francesco Lucca, Rua Carmem Tortola, Travessa Félix Pomes, Travessa Alfredo Bastos, Travessa Augusto Baron, Travessa Alonso Ribera, Travessa Domênico Zanata, Travessa Antônio Duni, Travessa Estefani Pavesi,  Travessa Nicola Sala, Travessa Glama, Travessa Batista Almeida, Travessa Miguel Ligero, Travessa Demeny, Travessa Tarquinho Merula, Travessa Marino Bitti, Travessa Luigi Mancia, Travessa Marco Caroso, Travessa Joaquim Baston, Travessa Francisco de Noronha, Travessa Batista Fazzini, Travessa Teófilo Vargas, Travessa Antonio Juvêncio, Travessa Américo Hipólito, Travessa George Dima, Travessa Fortunato Magi

São Miguel: das 07h00 às 16h00
Onde: Vila Reis, Jardim Planalto e Jardim Casa Pintada

Sé: deposito de materiais das 7h00 às 12h00
Onde: Perímetro interno formado pela Avenida Paulista, Avenida Bernardino de Campos, Rua do Paraíso, Viaduto do Paraíso, Avenida 23 de Maio, Viaduto Jaceguai, Ligação Leste-Oeste, Rua Avanhandava, escadaria de ligação e Rua Frei Caneca

Vila Maria: das 07h00 às 10h00
Onde: Perímetro: Rua Maria Cândida até a Avenida Zaki Narchi, seguindo pela Avenida Moisés Roysen até a Marginal Tietê (próximo ao shopping Center Norte) e desta até a Avenida Nadir Dias de Figueiredo.

Vila Mariana: das 07h00 às 11h00
 Onde: Moema. O quadrilátero percorrido: Avenida dos Bandeirantes, Avenida Ibirapuera, Avenida Professor Ascendino Reis / Avenida Rubem Berta  e Avenida Moreira Guimarães.

Memória gelatinosa é ideal para biomecatrônica


A memória molhada é feita com uma liga de metal líquido de gálio e índio inserida em géis à base de água, semelhante àqueles usado em pesquisas biológicas. [Imagem: Michael Dickey/NCU]
Bioeletrônica
Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, desenvolveram uma memória flexível e macia e que funciona em ambientes molhados.
O componente pode ser uma peça fundamental para uma nova geração de equipamentos eletrônicos biocompatíveis, como implantes, próteses e outros dispositivos biomecatrônicos.
Embora não tenha as mesmas funcionalidades, o novo dispositivo é de certa forma complementar àsinapse artificial apresentada ontem por pesquisadores japoneses, que replica a capacidade dos cérebros biológicos de lembrar informações relevantes.
Além de usar o mesmo princípio para armazenar dados - um memristor -, a nova memória tem a vantagem da biocompatibilidade, levantando a possibilidade de que as duas inovações possam ser integradas em uma única.
Componente eletroiônico
A equipe do Dr. Michael Dickey começou desenvolvendo antenas de metal líquido totalmente flexíveis.
Agora eles foram além da deposição de fios metálicos e criaram um dispositivo eletrônico completo, capaz de armazenar dados.
A base da memória é a mesma das antenas flexíveis, usando uma liga de metal líquido de gálio e índio inserida em géis à base de água, semelhante àqueles usado em pesquisas biológicas.
Enquanto as memórias eletrônicas usam a presença ou ausência de elétrons para representar os 0s e 1s binários, a nova memória usa o conceito de memristor, um componente eletroiônico que possui dois estados: condutivo e não condutivo.
Em cada célula de memória gelatinosa, a liga de metal é usada para formar dois eletrodos, um de cada lado de um segmento de gel.
Memória flexível e macia para equipamentos biomecatrônicos
O protótipo de "memória molhada" ainda não está otimizado para armazenar uma quantidade significativa de dados, mas funciona bem em ambientes nos quais a eletrônica tradicional não funcionaria de jeito nenhum. [Imagem: Michael Dickey/NCU]
Quando o eletrodo é exposto a uma carga positiva, ele cria uma "pele" oxidada que o torna resistente à eletricidade - este é o 0 binário.
Quando o eletrodo é exposto a uma carga negativa, a pele oxidada desaparece, o que o torna condutor de eletricidade - este é o 1 binário.
Neste último caso, quando uma carga negativa é aplicada a um dos eletrodos, a carga positiva tende a se mover para o outro lado e criar uma outra pele oxidada - ou seja, o eletrodo seria sempre resistivo.
Para resolver esse problema, os pesquisadores doparam um dos lados do segmento de gel com um polímero que impede a formação de uma pele oxidada estável. Dessa forma, um eletrodo é sempre condutor, dando ao dispositivo os 0s e 1s necessários para que ele funcione como uma memória eletrônica.
Memória molhada
A eletrônica convencional trabalha com materiais rígidos e frágeis, que não se dão com ambientes úmidos. "Nosso dispositivo de memória é macio e flexível, e funciona muito bem em ambientes úmidos - similar ao cérebro humano," compara Dickey.
O protótipo de "memória molhada" ainda não está otimizado para armazenar uma quantidade significativa de dados, mas funciona bem em ambientes nos quais a eletrônica tradicional não funcionaria de jeito nenhum.
A capacidade para funcionar em ambientes úmidos e a biocompatibilidade dos géis sinalizam que esta é uma tecnologia promissora para a criação de interfaces eletrônicas com sistemas biológicos.
"Estas propriedades podem ser usadas para sensores biológicos ou para monitoramento médico," propõe o pesquisador.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cientistas criam primeira rede neural artificial usando DNA


No futuro, estes sistemas poderão operar dentro de células, ajudando a responder questões biológicas fundamentais ou diagnosticar uma doença. [Imagem: Caltech/Lulu Qian]
Os cientistas deram um passo importante para a criação de uma inteligência artificial, não em um robô ou em um chip de silício ou em um programa de computador, mas dentro de um tubo de ensaio.
Rede neural líquida
Lulu Qian e seus colegas do Instituto de Tecnologia da Califórnia construíram uma rede neural artificial de DNA, criando um circuito de moléculas capazes de se recordar de memórias com base em padrões incompletos.
É mais ou menos assim que o nosso cérebro faz, quando um acontecimento inteiro é lembrado a partir de um pequeno "fio da meada", como a visão de uma foto ou mesmo um cheiro.
A equipe de Qian e Erik Winfree já havia criado umprocessador molecular com fitas de DNA, capaz de calcular uma raiz quadrada, mas agora eles queriam algo mais simples, para demonstrar o conceito de uma rede neural funcionando em meio líquido, mais próximo dos sistemas biológicos.
"Nós nos perguntamos se, em vez de uma rede de células neurais, fisicamente conectadas, uma sopa de moléculas em interação poderia exibir um comportamento parecido com o do cérebro," conta Qian.
E o experimento mostrou que a resposta para a pergunta é sim.
Jogo de leitura da mente
Composta por quatro neurônios artificiais, construídos com 112 fitas diferentes de DNA, a rede neural é capaz de participar de "um jogo de leitura da mente, na qual ela tenta identificar um cientista misterioso".
Os pesquisadores treinaram a rede neural para que ela "conhecesse" quatro cientistas, cujas identidades são representadas por um conjunto específico e único de respostas a quatro perguntas com respostas do tipo "sim ou não".
Depois de pensar em um dos quatro cientistas, um jogador humano fornece um subconjunto incompleto de respostas, que identifica parcialmente o cientista no qual ele pensou.
O jogador então transmite as pistas para a rede, colocando no tubo de ensaio fitas de DNA que correspondem às suas respostas.
Comunicando-se por meio de sinais fluorescentes, a rede neural de DNA identifica qual é o cientista que o jogador tem em mente.
Ou, caso não consiga a resposta, a rede pode "dizer" que não tem informações suficientes para escolher apenas um dos cientistas em sua memória, ou que as pistas contradizem suas lembranças.
Os pesquisadores jogaram este jogo com a rede utilizando 27 formas diferentes de responder às perguntas (de um total de 81 combinações), e ela respondeu corretamente todas as vezes.
Primeira rede neural artificial feita com moléculas de DNA
A rede neural é capaz de participar de "um jogo de leitura da mente, na qual ela tenta identificar um cientista misterioso". [Imagem: Qian et al./Nature]
Aplicações futuras
Segundos os pesquisadores, sistemas bioquímicos com inteligência artificial - ou, pelo menos, com algumas capacidades básicas de tomada de decisão - podem ter aplicações na medicina, química e na pesquisa biológica.
No futuro, estes sistemas poderão operar dentro de células, ajudando a responder questões biológicas fundamentais ou diagnosticar uma doença.
Processos bioquímicos que possam responder de forma inteligente à presença de outras moléculas poderão permitir que os engenheiros sintetizem produtos químicos cada vez mais complexos, ou construam novos tipos de estruturas, molécula por molécula.
Desafios neurais
Mas ainda há muitos desafios a serem vencidos para se chegar a essas situações hipotéticas.
O primeiro deles é que fazer essa rede neural bioquímica funcionar dentro do corpo - ou mesmo em uma célula, ou dentro de um disco de Petri - é algo totalmente diferente do que foi demonstrado, já que um experimento similar in vivo seria muito mais complexo e com interações com outras moléculas que teriam que ser previstas e controladas.
A rede neural líquida também é muito lenta, levando oito horas para identificar cada cientista misterioso.
E, depois de dada a resposta, as moléculas não são capazes de se soltar e emparelhar com uma fita de DNA diferente. Ou seja, a rede somente consegue jogar o seu jogo da memória uma vez.
Finalmente, enquanto a rede atual tem quatro neurônios, as dificuldades para construir uma versão apenas um pouco maior - com 40 neurônios artificiais, por exemplo - são muito grandes, sem contar o tempo da resposta, que deverá aumentar exponencialmente. Para comparação, estima-se que um cérebro humano tenha 100 bilhões de neurônios.
Entendendo a evolução
Contudo, vista como uma prova de conceito, o experimento pode ajudar os cientistas a entender a evolução e o próprio funcionamento dos organismos biológicos.
"Antes que o cérebro evoluísse, os organismos unicelulares também eram capazes de processar informações, tomar decisões, e agir em resposta ao seu ambiente," explica Qian. E os organismos unicelulares de hoje continuam fazendo isso.
Ele especula que a fonte de tais comportamentos complexos deve ter sido uma rede de moléculas flutuando na célula: "Talvez o cérebro altamente evoluído e a forma limitada de inteligência vista em células individuais compartilhem um modelo computacional semelhante, que é simplesmente programado em diferentes substratos."
Modelo de neurônio
Os pesquisadores basearam sua rede neural bioquímica em um modelo simplificado de um neurônio, chamada de função limiar linear.
O neurônio modelo recebe os sinais de entrada, multiplica cada um por um peso positivo ou negativo, e o neurônio dispara, produzindo uma saída, somente se a soma ponderada das entradas ultrapassar um certo limiar.
"Este modelo é uma simplificação excessiva dos neurônios reais," diz Winfree, "mas é uma boa simplificação."
A técnica para sua construção é a mesma usada na construção do circuito de DNA capaz de calcular raízes quadradas.

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