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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Soninha Francine e Xoxó 23623 em Comunidade do Agreste - Casa Verde SP - Desabafo de uma mãe - veja o vídeo



O Jornal Saúde em Foco acompanhou a visita da candidata à Prefeitura da Cidade de São Paulo Soninha Francine juntamente como candidato à Vereador Xoxó 23623 pelas ruas da Comunidade do Agreste na Casa Verde em São Paulo e nos deparamos com o desabafo de uma mãe de dois filhos com necessidades especiais, infelizmente, o que pudemos observar é a precariedade que há hoje na política pública com relação à estas famílias, o pouco caso e o desinteresse em novos projetos viáveis às comunidades menos favorecidas.
Esperamos que nesta nova eleição, pessoas mais gabaritadas e comprometidas com a saúde adentrem e façam diferente, pois o que vemos hoje chega à ser desumano.
O problema que esta mãe enfrenta, não é só dela e de sua família e sim, o problema de milhares de famílias paulistanas que hoje, dependem de uma ação direcionada e efetiva no atendimento às pessoas com necessidades especiais e suas famílias.
Além de outros problemas enfrentados pelas pessoas com necessidades especiais, há ainda, o mal preparo dos profissionais nas escolas, a mãe diz que um dos filhos, chegava com marcas de agressão em casa, ao levar ao conhecimento da direção, foi-lhe respondido que, ele deveria esta em outra escola e não na escola "comum'. Ora, onde está a inclusão ? Onde está o preparo ? Onde está a humanização dos profissionais?
Infelizmente o que vemos em todo o serviço onde há "estabilidade", é uma doença, um câncer de descaso por falta de punição, se fosse em uma escola particular ou em um hospital particular (pago diretamente pelo usuário) "como se, o serviço público não fosse ", o funcionário levaria uma boa advertência ou, e em alguns casos, seria até demitido. Acontece isso no serviço público ? Desculpem-me, eu nunca ví ! o máximo que pode ocorrer é um funcionário ser "remanejado" para outro setor ou departamento.

Pelo que pudemos ouvir no relato desta mãe, ainda falta muito à se fazer, uma política direcionada e mais humana para todos. Precisamos de políticos que se envolvam realmente com causas sociais, que possam  fazer a diferença por não estarem "amarrados". Pense bem antes de votar, conheça seus candidatos, seu passado e suas propostas.

Rosângela Matos
Jornalista e Editora deste Jornal
Nesta edição, apresentamos uma das propostas  de Soninha Francine 23 candidata à Prefeitura pelo PPS e Vereador Xoxó 23623

ACESSIBILIDADE
conheça: 



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Alzheimer



Um levantamento da Academia Brasileira de Neurologia, ficamos sabendo que de 1999 a 2008 houve no país aumento descomedido do número de vítimas da doença de Alzheimer. Os óbitos saltaram de 1.343 para 7.882, caracterizando um acréscimo de quase 500%. Outro dado que chama a atenção aponta para o fato de que a maioria deles é de brancos e da Região Sudeste.

No programa “Viver é Melhor!”, da Boa Vontade TV (canal 23 da SKY), a especialista em gerontologia, pedagoga e diretora da Associação Brasileira de Alzheimer do Estado de São Paulo, Fabiana Satiro de Souza, abordou as causas e as formas de tratamento.

TABUS E DIAGNÓSTICO

Em seus comentários iniciais, destacou que a doença tem sido cercada de muitos tabus: “Existem famílias que não querem nem contar para vizinhos que o parente está com Alzheimer. As pessoas já pensam na enfermidade numa fase avançada e acabam se esquecendo de que, no início, o doente tem muita coisa boa para viver e realizar”.

Ela também comentou o estigma que o idoso carrega por não possuir uma memória tão ativa quanto antes: “Na verdade, se eu me esquecer de alguma coisa é porque estou estressada, mas se o ancião esquece é porque ele está senil. O idoso já possui raciocínio um pouco mais lento, uma natural perda de memória, mas isso é muito mais acentuado numa demência, e ela vem sempre agregada a alguns distúrbios de comportamento, que acabam nos mostrando a característica específica da doença”.

O diagnóstico, segundo a especialista, é feito por exclusão, ou seja, elimina-se a possibilidade de serem outras doenças, a exemplo da depressão ou mesmo de distúrbio da tireoide: “A família é um dos principais mecanismos para ajudar num diagnóstico, porque ela é que vai apontar para o médico quais sintomas estão aparecendo naquele idoso. Essa percepção de que ele está esquecendo raramente vai partir do paciente”.


QUALIDADE DE VIDA

Fabiana Satiro enfatizou que “um dos principais métodos para desacelerar a progressão da doença é a informação. Ela é aliada dos medicamentos e dos tratamentos multiprofissionais. Os familiares e todos aqueles que estão em volta do paciente necessitam conhecer sobre a enfermidade. Tendo o maior número de informações possível, com certeza, a terapêutica será mais adequada. Sendo um mal neurodegenerativo e sem cura, vai progredir, mas pode ser de uma forma mais lenta. Com isso, você ganha um paciente com uma melhor qualidade de vida por muito mais tempo”.

Ao lado da medicação, que é fundamental, existe o tratamento não medicamentoso. A médica explica: “Quanto menos coisa o paciente fizer, mais rápido a doença vai progredir. Além da medicação, a gente vai trabalhar a adequação do ambiente, um treino de memória, criar estratégias para que ele tenha a independência preservada por mais tempo. Em tudo ele vai precisar da supervisão de alguém. O problema é que o ‘ajudar’ é confundido com o ‘fazer por’. Com o tempo ele vai tendo cada vez mais problemas para ficar sozinho”.


MANTER-SE ATIVO

Sobre a prevenção, a também pedagoga Fabiana Satiro esclareceu: “Mesmo que você tenha uma predisposição, se praticar ao longo da sua vida atividade física e intelectual, se ingerir uma boa alimentação, conseguirá retardar a manifestação da enfermidade”.

Nossos agradecimentos à especialista em gerontologia, pedagoga e diretora da Associação Brasileira de Alzheimer do Estado de São Paulo, Fabiana Satiro de Souza, por elucidar o tema. Outros dados podem ser obtidos pelo site www.abrazsp.org.br.

Que lição essa misteriosa doença nos oferece? A de que a dor deve ser corajosamente encarada. Se dela tentarmos fugir pelo atalho do faz de conta, perderemos o caráter sublime de seus ensinamentos.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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